Trabalhos Realizados em TIC



Trabalho realizado em TIC no âmbito da época do Magusto.





Canção - Ah, ah, ah, minha castanhinha



Ah, ah, ah, minha castanhinha. (bis)
Quem te pôs a mão, sabendo qu`és minha. (bis)


Sabendo qu`és minha, do meu coração, (bis)
Salta castanhinha para a minha mão. (bis)



É na tua mão qu`eu quero ficar (bis)
Anda pr`ó recreio, vamos lá saltar. (bis)


Vamos lá saltar e bater o pé (bis)
Porque é no recreio que o magusto é. (bis)


Vais bater o pé e vais-me comer (bis)
É dentro de ti que eu vou viver. (bis)                       


Autora: Mariana 6.º C


I SEMINÁRIO DA ELI DE MOGADOURO


PROGRAMA EM PDF

BOAS FÉRIAS!

Viajamos juntos durante o ano letivo que agora acaba. Todo começo tem um fim. E todo fim é um novo começo. É um ciclo imparável em cada aspecto das nossas vidas. Hoje, despedimo-nos com a certeza que iremos continuar a encontrarmo-nos. 


Até ao próximo ano letivo e boas férias.


INTERVENÇÃO PRECOCE NA INFÂNCIA

Intervenção Precoce: o que é? Para que serve?

Tira as dúvidas acedendo ao panfleto abaixo com todas as informações.

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Entrar para a escola pode despertar: 
  • Alegria;
  • Excitação;
  • Entusiasmo;
  • Inquietação....

Como lidamos com estes sentimentos?

Tira as dúvidas acedendo ao panfleto abaixo com todas as informações.

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Como saber os sinais de alerta relativamente ao desenvolvimento do seu filho? Estará tudo de acordo com a norma?

Tira as dúvidas acedendo ao panfleto abaixo com todas as informações.

FORMAÇÃO

WORKSHOP
AS DINÂMICAS DO CRTIC


O CRTIC é um recurso especializado ao serviço das escolas da sua vasta área de abrangência definida superiormente pelo Ministério da Educação e Cultura, com a finalidade de proceder à avaliação de alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente, que necessitam de produtos de apoio para aceder ao currículo.


LOCAL: ESCOLA EB1,2,3 AUGUSTO MORENO
DATA: 18 DE MAIO
HORA: 16.00 HORAS
ESPAÇO: AUDITÓRIO 2


Vigilância do desenvolvimento psicomotor e sinais de alarme

Nas últimas décadas tem havido um interesse crescente na patologia do desenvolvimento infantil e na sua detecção e intervenção precoces. Com a evolução da medicina curativa e preventiva nas restantes áreas, o desenvolvimento emerge como um novo desafio a que os médicos têm de fazer frente. Neste artigo, que não pretende ser exaustivo mas apenas um contributo para ajudar a encontrar respostas práticas, revê-se a importância da vigilância do desenvolvimento inserida na vigilância de saúde infantil e os sinais de alarme que devem alertar o médico assistente para que possa tomar uma atitude atempada, permitindo minorar os problemas da criança. (Partilhado por Lurdes Fernandes - Intervenção Precoce do AEAB).



A FEIRA DAS CANTARINHAS EM BRAGANÇA

A Razão e a História

Até há bem pouco tempo, a Idade Média continuava presente nalgumas instituições de carácter económico, social e cultural. As feiras polivalentes aproximaram as populações e fomentaram um negocio incipiente para dar resposta à colocação dos produtos de origem rural e pastoril.
Como qualquer instituição social, a feira tem um período de formação, incremento e pujança. Com o objectivo de distribuir os produtos agrícolas, cedo encontramos medidas que visam a protecção Jurídica que dá confiança aos que as procuram com o intuito de colocar os produtos que os lavradores produziam. As cartas de feira eram documentos que os municípios concediam aos que procuravam a feira com a finalidade de garantir os bens e proteger a própria vida. Com o mesmo intuito apareceram as feiras francas e os oito dias anteriores e posteriores à feira que reforçavam a segurança.
A primeira fase, inicial e de formação, sucede numa segunda fase que corresponde ao reinado de D. Afonso III. Multiplica-se o número de feiras e ampliam-se as garantias e os privilégios jurídicos concedidas aos feirantes. As feiras não só fomentaram a riqueza pessoal como também os bens da coroa. Por isso consideramos as feiras factores de ordem económica e social.
As cartas de feira concedidas entre os sécs. XIII e XV foram dadas peles monarcas aos municípios com o intuito de atrair gentes para a região transmontana. D. Afonso III deu a Bragança uma carta de feira em 1272 na qual os feirantes eram isentos de pagar portagens e costumagens. O citado soberano, Afonso III, diz expressamente que concede a Bragança uma carta de feira, a 5 de Março de 1272, com o intuito de que os feirantes estejam seguros na ida e na vinda. D. Fernando (1383, Out., 16), deseja fazer graça e mercê ao concelho e homens bons da nossa villa de Bragança e que haja em cada huum ano feiras frequentadas.
As medidas que os restantes monarcas tomaram (D. João I e D. Afonso V), fomentam o negócio, local, onde se sente a preocupação de defender os interesses dos povos que habitavam certas localidades. Os corregedores só podiam aparecer nas feiras como compradores e vendedores e nunca para defender os direitos do soberano.
A Feira das Cantarinhas, de origem medieval, realizava-se dentro ou fora da Cidadela, conforme a paz da feira o permitia. Manteve-se até há 40 ou 50 anos com marcas tipicamente. medievais. Vem comigo revisitar o tempo e o espaço onde se mercadejavam os produtos. Manhã cedo já os habitantes das aldeias limítrofes convergiam para a cidade. Sem as estradas actuais, serviam-se de caminhos secundários ou de alguma via militar romana que facilitava a passagem de algumas linhas de água.
A Feira das Cantarinhas constituía uma celebração festiva. De véspera, à noite, preparavam-se os alforges com os produtos que se mercadejavam na feira: gradura, batatas. Tudo se acomodava de modo que sobrasse um pequeno espaço onde cabia também a ração dos animais. Enfeitadas iam também as albardas. Uma colcha de lá vermelha eu branca, tecida no tear da casa, enfeitava a burricada que fazia um arraial medonho. Os donos, seguros de que ninguém . iria violar os enfeites festivos dos animais, deixavam-nos seguros, à aldrabe de uma porta velha.
Todos se apressavam para escolher um lugar bom, onde a exposição dos produtos facilitasse a venda. Dos ventres flácidos dos alforges saía a gradura e outros produtos para vender. No largo de S. Vicente, a Praça Velha, junta-se em pequenos montículos a trouxa que vem chegando das aldeias mais distantes: Câmaras de Pinela, latoeiros, ferreiros e mais objectos artesanais. Também os objectos as vasilhas de cobre têm sempre um pequeno espaço para se arrumar. Hortaliça e renovos, chouriços secos, queijos e raminhos de cerejas apetitosas vão atafulhando todos os espaços até à metade da Rua Direita. Da Torre de D. Chama e de Alfaião, pequenos microclimas, vinham em canastras os pimentos, alfaces, tomates, beterrabas, que iam ser plantados no dia seguinte e fazem a fartura dos marranchos de qualquer casa.
Rua abaixo, rua acima, saracoteavam-se os compradores e vendedores. Dos lados do sul, nuvens negras ameaçavam chuva iminente. Fim da tarde aproxima-se. Compram-se os últimos presentes que fazem o enlevo da garotada.
O dia 3 de Maio, dia de feira e festa está quase a findar. Falta a cântara de barro que no campo acompanha os trabalhadores com a água fresca. Nossa Senhora da Serra dá de novo as merendas. Quer dizer, os dias alongam-se mais. Esta mobília, comprada no 3 de Maio, nunca mais se esgota. Ainda falta um caldeiro e um garabano para regar à mão os renovos e os feijões de que falámos.
Os homens vêm do Toural, onde tinham levado um vitelo e uma vaca para vender. O bom negócio foi também pretexto para fechar o negócio com uns copos de vinho.
Em sentido contrário, organiza-se agora o mesmo movimento para casa. À entrada da aldeia já aos filhos lhes tarda a chegada dos pais. Numa saquinha da merenda, feita de remendos de muitas cores, vão uns económicos ou súplicas, quando não alguns rebuçados, para sofrear a gulodice da garotada. Uma flauta de barro, mais um chapéu da palha salpicavam a noite e os dias seguintes de tons musicais. A monotonia nostálgica do pós festa regressa também no quotidiano dos dias que se seguem. (Belarmino Afonso)


DESABAFO...


ÀS VEZES É TÃO DIFÍCIL...

"Eu sou a Ana, também posso ser a Cláudia, a Joana ou o Manuel, não interessa quem sou, só tenho tantas coisas para dizer... mas às vezes é tão difícil...

Eu sei que, para ser boa cidadã e as pessoas gostarem de mim, tenho de estudar, estar com atenção ao que dizem, ajudar em casa e portar-me bem, mas às vezes é tão difícil compreender a linguagem das pessoas...

E quando eles começam a falar sem parar?

Se é que posso fazer, eu gostaria que as pessoas me ajudassem a integrar-me na sociedade, a sentir-me capaz de fazer amizades, a mostrar as minhas virtudes...

Às vezes dou comigo a pensar em como seria o respeito mútuo, a compreensão, o carinho... desculpem, perdi-me, foi só um sonho...

Detestaria, podem crer, que me tratassem de forma especial.

Gostaria que me incentivassem a viver a vida, ir a concertos, a festivais a bibliotecas pesquisar e estudar, ir a filmes e que me explicassem o filme, que me lessem textos e livros e me ensinassem a ter elos de leitura para que eu pudesse entender melhor o mundo e a sociedade...

Gostaria muito, mesmo muito, de ter pessoas que me ajudassem e conversassem comigo na paragem do autocarro sem olhar para a minha diferença... porque afinal os sonhos são iguais para todos.


Texto Adaptado

Aplicação de condições especiais para a realização de provas e exames em 2016

O Gabinete do Secretário de Estado da Educação, pela publicação da Portaria n.º 61-A/2016, aprova o Regulamento do Júri Nacional de Exames e o Regulamento das Provas e dos Exames do Ensino Secundário no ano letivo 2015/2016.
Este normativo dedica a secção I do capítulo IV à aplicação de condições especiais para a realização de provas e exames aos alunos ao abrigo do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro. Deste articulado, destacam-se alguns aspetos, plasmados a seguir:

Realização de exames finais nacionais e provas de equivalência à frequência
Aos alunos que se encontrem ao abrigo do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, retificado pela Declaração de Retificação n.º 10/2008, de 7 de março, alterado pela Lei n.º 21/2008, de 12 de maio, pode ser autorizada a aplicação de condições especiais na realização dos exames finais nacionais e das provas de equivalência à frequência.

Os alunos que estiveram abrangidos pelo artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 3/2008 no ensino básico continuam o seu percurso educativo ao abrigo do mesmo artigo em processo de transição para a vida pós-escolar, não realizando exames finais nacionais nem provas de equivalência à frequência.

As condições especiais a aplicar na realização de exames nacionais e provas de equivalência à frequência são solicitadas pelo diretor da escola, sob proposta do diretor de turma/conselho de turma, através de plataforma electrónica, e dependem da autorização do Presidente do JNE, a comunicar à escola até à data do início da 1.ª fase dos exames finais nacionais.

Os processos para requerer a aplicação de condições especiais integram, obrigatoriamente, cópias dos seguintes documentos: boletim de inscrição de exames, despacho de autorização de condições especiais de exame concedidas em anos anteriores, programa educativo individual, relatório médico ou de técnico de especialidade, requerimento de condições especiais assinado pelo encarregado de educação ou pelo aluno e confirmado pelo diretor de escola.
As condições especiais autorizadas pelo Presidente do JNE para a 1.ª fase dos exames finais nacionais e provas de equivalência à frequência são válidas para a 2.ª fase.

Os alunos podem requerer a dispensa de prova oral ou prática se a sua incapacidade assim o exigir, sendo, neste caso, a classificação final da disciplina a obtida na componente escrita da prova ou exame.
As pautas de chamada e de classificação não devem mencionar as necessidades educativas especiais do aluno.

As provas de equivalência à frequência podem ser adaptadas, de acordo com as necessidades de cada aluno. A classificação dos exames a nível de escola é da responsabilidade do JNE, devendo os mesmos ser enviados ao respetivo agrupamento do JNE.
  
Exames para conclusão e para acesso ao ensino superior
Os alunos com cegueira ou baixa visão, surdez severa a profunda, incapacidades intelectuais, perturbação motora grave ou perturbação do espectro do autismo que apenas pretendam a conclusão e a certificação do ensino secundário podem optar por uma das seguintes alternativas: 
a) Realizar os exames finais nacionais nas disciplinas sujeitas a exame final nacional; 
b) Realizar exames a nível de escola, correspondentes à avaliação sumativa externa do seu plano de estudos. 

Os alunos que pretendam concluir o ensino secundário e prosseguir estudos no ensino superior podem optar por uma das seguintes alternativas: 
a) Realizar os exames finais nacionais nas disciplinas sujeitas a exame final nacional; 
b) Realizar os exames finais nacionais nas disciplinas que queiram eleger como provas de ingresso para candidatura ao ensino superior e exames a nível de escola nas restantes disciplinas sujeitas a exame final nacional.

Exames a nível de escola
Os alunos com cegueira ou baixa visão, surdez severa a profunda, incapacidades intelectuais, perturbação motora grave ou perturbação do espectro do autismo podem realizar exames a nível de escola nas disciplinas do seu plano de estudos, sujeitas a exame final nacional, caso necessitem de alterações nos instrumentos de avaliação ao nível da estrutura das provas e na tipologia e formulação dos itens, relativamente à prova caracterizada na Informação-Prova do IAVE, I. P.

Os exames a nível de escola devem respeitar as adequações no processo de avaliação constantes do programa educativo individual de cada aluno, tendo como referência os conteúdos dos programas das disciplinas. Os exames a nível de escola são elaborados sob a orientação e responsabilidade do conselho pedagógico que aprova a sua estrutura, cotações e respetivos critérios de classificação, com observância do seguinte:
a) Compete ao departamento curricular, em conjunto com o professor de educação especial, elaborar e propor ao conselho pedagógico a Informação-Exame a Nível de Escola de cada disciplina, cuja estrutura deve ter como referência a Informação-Prova elaborada pelo IAVE, I. P., para o respetivo exame final nacional, da qual devem constar os seguintes aspetos: objeto de avaliação, caracterização da prova, critérios gerais de classificação, material autorizado e duração;
b) Após a sua aprovação pelo conselho pedagógico, a Informação-Exame a Nível de Escola de cada disciplina deve ser divulgada junto dos alunos que realizam este tipo de prova, bem como dos respetivos encarregados de educação, até ao final da terceira semana de maio;
c) Ao diretor de escola compete assegurar a constituição das equipas de elaboração dos exames a nível de escola, sendo constituída para cada disciplina uma equipa integrada por três professores, em que pelo menos um deles esteja a lecionar o programa da disciplina, e nomear um dos elementos como coordenador;
d) Compete ao coordenador de cada equipa assegurar o cumprimento das orientações e decisões do conselho pedagógico;
e) O enunciado da prova deve conter as respetivas cotações;
f) Após a realização de cada prova pelos alunos, o enunciado e os respetivos critérios específicos de classificação devem ser afixados em lugar de estilo da escola.

Os exames a nível de escola realizam-se, sempre que possível, nas datas estabelecidas no despacho que determina o calendário das provas e exames, e com a duração estabelecida para os correspondentes exames finais nacionais. 


Este resumo não exclui a leitura cuidada do referido normativo.

Adaptado de: http://criancasealunoscomnee.blogspot.pt/

Trabalhos

Eis mais um trabalho de um aluno de NEE realizado na aula de TIC intitulado


PROVÉRBIO DO MÊS DE FEVEREIRO

Pelo S. Matias (dia 24), noites iguais aos dias.



Queres saber mais? acede ao PDF que se segue.


Instrumentos para identificar as dificuldades e quantificá-las por referência à CIF

No processo de avaliação dos alunos referenciados, deparamo-nos com a falta de instrumentos que permitam identificar as dificuldades e quantificá-las por referência à CIF. Procurando contribuir, de algum modo, para essa tarefa, deixo algumas sugestões/grelhas que podem ser aplicadas, no âmbito das dificuldades da leitura/escrita.


Adaptado de http://inclusaoaquilino.blogspot.pt/

Dia dos Namorados

O Dia dos Namorados, em alguns países chamado Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais e namorados. Em alguns lugares, é o dia de demonstrar afeição entre amigos, sendo comum a troca de cartões e presentes com símbolo de coração, tais como as tradicionais caixas de bombons. Em Portugal  como em muitos outros países, comemora-se no dia 14 de Fevereiro.


Aqui fica um vídeo alusivo ao DIA DOS NAMORADOS


Atividades desenvolvidas no 1º período no J.I. Obra Kolping

O Jardim de infância é um contexto por excelência onde as aprendizagens acontecem a todo o momento, espaço privilegiado de brincadeiras, conversas, jogos, atividades físicas e artísticas, aprendizagens espontâneas e proporcionadas, onde a individualidade e especificidade de cada um deve ser respeitada. Onde todos aprendem e ensinam. Onde todos cabem e têm o seu lugar individual e coletivo. Aqui onde se cresce todos os dias, no eu e no outro, dentro e fora, porque o exterior também é nosso e dele fazemos parte. Crescer para cada um e para os outros, numa sociedade que se quer e necessita verdadeiramente inclusiva.

Aqui ficam as atividades. 


Materiais para Partilha

E assim iniciamos o ano de 2016; partilhando.

Materiais de leitura e escrita para download


Nova técnica de edição genética pode permitir tratar forma de distrofia muscular

Três estudos independentes sugerem que a nova técnica de edição genética Crispr-Cas9 poderá permitir tratar a distrofia muscular de Duchenne, uma forma rara de distrofia muscular humana. Os trabalhos foram publicados na edição de sexta-feira da revista Science.

A técnica Crispr-Cas9 recorre a um mecanismo do sistema imunitário das bactérias e que, ao ser artificialmente introduzido nas células de mamíferos, incluindo nas células humanas, permite cortar o ADN em locais pré-escolhidos.

A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença hereditária que atinge um rapaz em cerca de cada 3500. É provocada por mutações num gene situado no cromossoma X (que determina o sexo feminino), e as mulheres portadoras do defeito não desenvolvem a doença porque possuem um segundo cromossoma X para compensar. Portanto, apenas os homens, que são XY, adoecem (tal como no caso da hemofilia).

Os doentes, cujas células não fabricam uma proteína chamada distrofina, sofrem uma degenerescência muscular progressiva que acaba por os confinar a uma cadeira de rodas por volta dos 10 anos e condena-os a uma morte prematura, em geral antes dos 30 anos, devido muitas vezes a insuficiência cardíaca. 

O que os autores dos estudos agora publicados fizeram foi demonstrar que, em ratinhos que sofrem de DMD, é possível restituir parcialmente a produção de distrofina introduzindo nas células afetadas um “corretor ortográfico” Crispr-Cas9, cujo alvo é o defeito genético em causa, a bordo de vírus tornados inócuos que funcionam como veículo de entrada nas células.

Essencialmente, o que a “tesoura molecular” Crispr-Cas9 – que os cientistas injetaram diretamente em músculos afetados dos animais – conseguiu fazer foi identificar e remover a parte danificada do gene que codifica a distrofina. Isso permitiu que as células musculares tratadas passassem a fabricar uma quantidade de distrofina, que embora fosse bastante inferior a uma produção normal, era suficiente para restaurar parcialmente a função muscular dos animais doentes, explica a Science em comunicado.

A Crispr-Cas9 tem suscitado preocupação na comunidade científica, tanto do ponto de vista ético como da sua segurança, no que respeita à sua aplicação a gâmetas e embriões humanos (o que os cientistas designam como a manipulação da "linha germinal"), porque isso poderia permitir a geração de bebés “à medida”. Mas os resultados agora publicados nada têm a ver com a manipulação da linha germinal – apenas pretendem corrigir defeitos nas células ditas somáticas (do corpo), correções que não serão transmitidas à descendência do doente.

“A utilização da Crispr-Cas9 para corrigir mutações genéticas nos tecidos afetados de doentes não está em debate. E estes resultados mostram um percurso possível para lá chegar”, diz Charles Gersbach, o líder de um dos estudos, citado no comunicado da Universidade Duke, onde trabalha.

A sua equipa conseguiu introduzir o “corretor” genético nas patas de ratinhos adultos – e também o injetou (a bordo de um vírus, como já referido) no sangue dos animais – constatando, nesta segunda fase, que isso permitia melhorar o estado dos músculos em todo o corpo, incluindo no coração. Em todos os casos, o “corretor” encontrou e cortou a parte defeituosa do gene da distrofina e, a seguir, a maquinaria natural de reparação do ADN das células encarregou-se de juntar de novo as pontas soltas de ADN. Resultado: as células ficaram com um gene mais curto, mas apesar de tudo funcional.

“Ainda temos muito trabalho pela frente para traduzir isto numa terapêutica humana e demonstrar a sua segurança, mas as nossas primeiras experiências são muito entusiasmantes”, diz Gersbach.

Num outro estudo, Chengzu Long, do Centro Médico da Universidade do Texas Sudoeste (EUA) e colegas utilizaram um vírus do mesmo tipo, mas diferente, para fazer o mesmo tipo de experiências – e mostraram ainda que era possível obter resultados promissores injetando o sistema em diversos músculos de ratinhos com DMD poucos dias após a nascença.

Por último, em ainda mais uma variante experimental, uma equipa da Universidade de Harvard (EUA), que inclui o conhecido geneticista George Church, obteve resultados muito semelhantes aos dos outros dois estudos.

As próximas etapas deverão consistir, segundo Gersbach, em optimizar o sistema de introdução viral do complexo Crispr-Cas9 nas células, em testar esta potencial terapia genética em animais com formas mais graves de distrofia muscular de Duchenne e em avaliar a sua eficácia e segurança em animais de maior porte, com vista a iniciar, quando for possível, ensaios clínicos em seres humanos.


Fonte: Público