BOAS FESTAS E BOM NATAL


A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de dentro de nós e aquece os corações daqueles que nos acompanham. São os votos de UM BOM NATAL do Departamento de Educação Especial a todos os que nos visitam.


Imagens de árvore de natal  - GIFMANIA

Postal de Natal

Aqui fica o Postal de Natal da aluna Cláudia Barbosa do 8.º ano


ATIVIDADE DO DIA INTERNACIONAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Foram muitas as atividades que o Agrupamento de Escolas Abade Baçal realizou a próposito da efeméride. Desde murais a cinematografia, ao trabalhar de histórias como o pequeno trevo em contexto educativo, tudo foi motivo para alertar a importância das Pessoas Portadoras de Deficiência na nossa sociedade.  Ao longo da semana daremos conta das várias atividades desenvolvidas.


Por agora aqui fica a atividade desenvolvida por a Equipa Multidisciplinar da Unidade de Apoio Especializado à Multideficiência (UAEM) direcionada para as turmas MO1 e MO4, das quais fazem parte alunos apoiados nesta Unidade e cujos objetivos visaram promover a inclusão, mostrar as diferenças no processo de desenvolvimento/aprendizagem e dar a conhecer diferentes recursos de aquisição de competências funcionais ao nível da atividade e participação.



Dia internacional das pessoas com deficiência

O Dia Internacional das Pessoas com Deficiência comemora-se anualmente a 3 de dezembro.(Abrir folheto)
Esta celebração realiza-se desde 1998, ano em que a Organização das Nações Unidas avançou com a convenção sobre os direitos das pessoas com deficiência.
A data tem como principal objetivo a motivação para uma maior compreensão dos assuntos relativos à deficiência e a mobilização para a defesa da dignidade, dos direitos e do bem-estar destas pessoas.
Cada ano, o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, tem um tema específico, que pauta as atividades e eventos deste dia.
Em 2015 o tema é "A inclusão importa: acesso e capacitação para pessoas de todas as habilidades".
O Departamento de Educação Especial do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, promove uma série de iniciativas alusivas à data. Das várias iniciativas ,salienta-se o filme "CORDAS", considerado um dos melhores filmes de animação sobre a temática(vencedor do prémio Goya-2014), o mural "Basta um pequeno GESTO para repor toda a IGUALDADE" e a História do Pequeno Trevo a ser trabalhada em contexto educativo no 1.º ciclo

(Filme Cordas)



(História do Pequeno Trevo)

A lenda de S. Martinho





Trabalho realizado por:  Gonçalo  André Reis Gonçalves

AtrMini

AtrMini



http://www.atractor.pt/mat/AtrMini/AtrMini.html


Nova ferramenta educativa dirigida aos mais novos e que pode ser importado gratuitamente!
Com o AtrMini, de uma forma interativa e lúdica, as crianças podem treinar operações algébricas, trabalhar com frações, usar a moeda de valor, entre outros conceitos matemáticos, subdivididas por níveis de dificuldade.


                                                   AtrMini Windows                                              
   
            AtrMini for Mac

“Rua Sésamo”. Júlia, “a menina que faz as coisas de forma um pouco diferente”

Júlia gosta de brincar com blocos, de fazer construções, de carrinhos e camiões e de jogar no tablet, mas o que ela gosta mesmo são os baloiços do parque. Tem cabelos cor de laranja, olhos verdes e pele amarela. Júlia é a nova personagem da “Rua Sésamo” e tem autismo.

A nova amiga de Elmo, Poupas, Becas e Egas, que foi apresentada esta quarta-feira, tem um objetivo: acabar com o estigma associado à doença. “Aos cinco anos, quando se vê outra criança que não fixa o olhar em nós, podemos pensar que essa criança não quer brincar. Mas não é esse o caso”, explica Sherrie Westin, vice-presidente da Impacto Global e Filantropia do Sesame Workshop - fundação sem fins lucrativos -, citada pela revista “People”.

Júlia faz parte da iniciativa “Sesame Street anda Autism: See All in Amazing Children” que está disponível online e através do download da aplicação. Além do livro “We are amazing 1, 2, 3!”, são ainda disponibilizados vídeos e uma série de outras atividades interativas.

“As famílias com crianças autistas tendem a gravitar entre conteúdos online e por isso decidimos criar a Júlia em versão digital. Queremos que pais e crianças compreendam que o autismo não é um tema desconfortável”, afirma Sherrie Westin.

“A rapariga que faz as coisas de forma um pouco diferente” chegou para quebrar barreiras, mas esta não é a primeira vez que a Sesame Workshop recorre a personagens para chamar à atenção e sensibilizar para determinados problemas. Em 2013 conhecemos Alex, um menino de cabelo azul com o pai encarcerado.


Fonte: Expresso por indicação de Livresco

Adivinhas



ADIVINHAS

Trabalho realizado por: Cláudia Barbosa Nº6 turma 8ºF

DIA MUNDIAL DA ALIMENTAÇÃO

16 de Outubro é o Dia Mundial da Alimentação
Esta comemoração, que teve início em 1981, é na atualidade celebrada em mais de 150 países como uma importante data para consciencializar a opinião pública sobre as questões da nutrição e alimentação.
Esta data assinala ainda a fundação da (FAO). Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura. Tendo em conta o interesse, a aluna Marisa Ferreira do 9.º ano, elaborou um pequeno trabalho sobre a importância da alimentação intitulado "Uma alimentação equilibrada é uma das formas de mantermos a nossa saúde".


5 de Outubro

A propósito do 5 de outubro, alguns dos alunos de NEE trabalharam na aula de TIC acompanhados pelas professoras Ana Afonso e Zulmira Morais, os símbolos da Bandeira Portuguesa e o seu significado. Aqui fica o trabalho desenvolvido.




A educação especial no documento "Lançamento do Ano Letivo 2015/2016"

À semelhança do anos anteriores, o Ministério da Educação e Ciência emitiu o documento "Lançamento do Ano Letivo 2015/2016" (LAL). Relativamente à educação especial, tece algumas considerações.

Componente letiva

Aos docentes de educação especial compete lecionar as áreas curriculares específicas a que se referem os n.º 2 e n.º 3 do artigo 18.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, e respetivas alterações, bem como os conteúdos curriculares referentes aos currículos específicos individuais estabelecidos no n.º 3 do artigo 21.º, atendendo ao previsto no n.º 4 do mesmo artigo. É ainda da responsabilidade destes docentes o apoio à utilização de materiais didáticos adaptados e de tecnologias de apoio. O apoio pedagógico relativo ao reforço e desenvolvimento de competências específicas previsto na alínea d) do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, na sua redação atual, pode, em função da especificidade das competências a desenvolver, ser também prestado pelo docente de educação especial, conforme previsto no n.º 3 do mesmo artigo. 
A avaliação especializada, decorrente da referenciação de alunos para medidas de educação especial, assume caráter prioritário sobre toda a atividade docente, com exceção da letiva. De aceitação obrigatória, o serviço inerente à avaliação especializada integra-se na componente não letiva dos docentes. 
Nos termos do n.º 1 do artigo 6.º da Portaria n.º 210-C/2015, de 10 de julho, conjugado com o disposto no n.º 2 do artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, na sua redação atual, as disciplinas da formação académica do currículo são distribuídas, preferencialmente, pelos docentes dos grupos de recrutamento respetivo com perfil adequado ao trabalho a desenvolver com os alunos. A lecionação das disciplinas da Formação Académica é considerada na componente letiva dos docentes acima referidos e, na componente não letiva, as Atividades de Promoção da Capacitação. Compete aos docentes de educação especial a articulação com os restantes docentes, assim como a lecionação de componentes do currículo, no âmbito das atividades de promoção da capacitação, sendo esta considerada na respetiva componente letiva. 

Necessidades educativas especiais de caráter permanente versus dificuldades de aprendizagem 

Os alunos que não são elegíveis para beneficiar das medidas previstas no Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, e respetivas alterações, mas que apresentam dificuldades de aprendizagem, poderão ser alvo de outras respostas educativas, designadamente Percursos Curriculares Alternativos (PCA), Ensino Vocacional entre outras, competindo ao Agrupamento/Escola não agrupada a implementação das mesmas. Caso um aluno se enquadre simultaneamente no grupo-alvo do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, na sua redação atual, e de um determinado percurso curricular diferenciado ou com dupla certificação, por exemplo PCA ou curso vocacional, não existe qualquer impedimento legal à frequência do percurso pretendido com as adequações ao processo de ensino e de aprendizagem, previstas no Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, e respetivas alterações, que permitam responder às necessidades específicas do aluno em causa. 

Currículo Específico Individual (CEI) 

O CEI é uma medida educativa que pressupõe alterações significativas no currículo comum, podendo as mesmas traduzir-se na introdução, substituição e ou eliminação de objetivos e conteúdos, em função do nível de funcionalidade da criança ou do jovem, atendendo ao previsto no artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 3/2008, de 7 de janeiro, na sua redação atual. 
O CEI pode ser implementado ao longo do percurso educativo do aluno, dentro da escolaridade obrigatória. Atendendo ao estipulado no artigo 5.º da Portaria n.º 210-C/2015, de 10 de julho, que regula o ensino de alunos com 15 ou mais anos de idade, em processo de transição para a vida pós-escolar, três anos antes da idade limite da escolaridade obrigatória, o CEI inclui obrigatoriamente um Plano Individual de transição (PIT). 
O PIT é um conjunto coordenado e interligado de atividades delineadas para cada aluno, visando garantir a oportunidade, o acesso e o apoio à transição da escola para as atividades pós-escolares, e deve ser elaborado em colaboração com os pais ou encarregados de educação e representantes das organizações da comunidade que vão ser implicados na vida e no percurso do aluno. 
A Portaria n.º 210-C/2015, de 10 de julho, apresenta a matriz curricular orientadora para os alunos com CEI, com 15 ou mais anos de idade. As componentes do currículo são a Formação Académica, cujos objetivos são definidos pelo Agrupamento/Escola não agrupada tendo por base os currículos nacionais, e as Atividades de Promoção da Capacitação, que incluem conteúdos conducentes à autonomia pessoal e social do aluno, desenvolvendo atividades centradas no contexto de vida, na comunicação e na organização do processo de transição para a vida pós-escolar.

Habilitação profissional para a docência nos grupos de recrutamento da educação especial

Têm habilitação profissional para a docência nos grupos de recrutamento da educação especial todos aqueles que possuem habilitação profissional para a docência em qualquer outro grupo de recrutamento acrescida de:
- Um dos cursos de formação especializada acreditados pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua nas áreas e domínios referidos nas alíneas a) dos anexos I, II e III da Portaria n.º 212/2009, de 23 de fevereiro; 
- Um dos cursos de formação especializada em educação especial indicados nas alíneas b) dos anexos I, II e III da Portaria n.º 212/2009, de 23 de fevereiro; 
- Uma das licenciaturas ou um dos diplomas de estudos superiores especializados em educação especial indicados na alínea c) do anexo I da Portaria n.º 212/2009, de 23 de fevereiro. 

Definição de componente letiva 


A componente letiva, a constar no horário semanal de cada docente, encontra-se fixada no artigo 77.º do ECD, considerando-se que está completa quando totalizar 25 horas semanais, no caso do pessoal docente da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico, ou 22 horas semanais (1100 minutos), no caso do pessoal dos restantes ciclos e níveis de ensino, incluindo a educação especial. 

Fonte: 

Se a transição do ensino secundário para o ensino superior é exigente ...


(...) Se a transição do ensino secundário para o ensino superior é exigente para todos os alunos, imagine-se para aqueles que têm necessidades educativas especiais.

Até ao final da escolaridade obrigatória, o decreto-lei 03/2008 regula um conjunto de apoios e ajustamentos para garantir a igualdade de oportunidades aos alunos com necessidades educativas especiais de caráter permanente. As medidas previstas, que não comprometem a progressão académica do aluno nem o seu acesso a níveis superiores de ensino, vão desde o apoio pedagógico personalizado, às adequações no processo de avaliação e às adequações curriculares individuais. Em complementaridade, cada ano letivo, o Júri Nacional de Exames delibera um conjunto de orientações para aplicação de condições especiais na realização de provas e exames do ensino básico ao secundário para estes alunos.

As medidas adotadas, na frequência e na prestação de provas e exames do ensino básico e secundário, permitem que cada vez mais alunos com necessidades educativas especiais ingressem no ensino superior. A legislação define como alunos com necessidades educativas especiais aqueles que têm “limitações significativas ao nível da atividade e da participação, num ou vários domínios de vida, decorrentes de alterações funcionais e estruturais, de caráter permanente, resultando em dificuldades continuadas ao nível da comunicação, da aprendizagem, da mobilidade, da autonomia, do relacionamento interpessoal e da participação social”. Perante esta definição, na qual saliento os conceitos “permanente” e “continuado”, não deixa de ser surpreendente que, uma vez no ensino superior, não exista legislação nacional que garanta a igualdade de oportunidades a estes alunos. Chegados a este território desconhecido e assustador, os alunos com necessidades educativas especiais ficam à mercê de regulamentos e estatutos específicos, quando existem, de serviços/pessoas de referência para o acolhimento de alunos com necessidades especiais, quando existem, e, de um modo geral, da boa vontade de alguém, quando existe.

Com o objetivo de informar e apoiar estes alunos, o Grupo de Trabalho para Apoio a Estudantes com Deficiência no Ensino Superior (GTAEDES) detalha no seu website os apoios existentes (ou não existentes) em instituições de ensino de Norte a Sul do país e ilhas, incluindo o serviço ou pessoa de contacto, a existência regulamento ou estatuto específico e a possibilidade de ajustamentos no processo ensino aprendizagem.

Ainda que a maioria dos estatutos e regulamentos existentes apenas contemplem alunos com deficiência visual, auditiva, dificuldades na mobilidade e dificuldades de aprendizagem específicas, tenho encontrado boas intenções na realização de ajustamentos a alunos com outras necessidades especiais de caráter permanente, nomeadamente, perturbações psicóticas e perturbações do espectro do autismo. Porém, a escassez de recursos, de disponibilidade e de conhecimento continua a manter muitos alunos com potencial e direitos longe das cerimónias de entrega de diplomas. 

Sandra Pinho

Psicóloga Clínica, CADIn

Fonte: Público



Boas vindas ao novo ano letivo 2015/2016

Mensagem para o novo ano letivo


Caros alunos, professores e comunidade educativa em geral.

Começará, em breve, um novo ano letivo. Um ano que será cheio de novidades, aventuras, descobertas de lugares, pessoas e conhecimento.
Voltar à Escola é, também, voltar a reencontrar velhos e bons amigos, fazer novas amizades, esvaziar gavetas e abrir espaço para o novo.
A nossa/tua Escola está à tua espera para aprender contigo e para te ensinar a crescer enquanto aluno e pessoa! 

A todos, um ano cheio de sucessos!

Desporto Escolar 2015

Boccia do Agrupamento de Escolas Abade de Baçal, é vice-campeão no Campeonato Nacional de Desporto Escolar 2015



 A equipa de Boccia da Escola Secundária Abade de Baçal, foi a 2ª classificada nos campeonatos nacionais de Desporto Escolar que decorreram ao longo de quatro dias 14, 15, 16 e 17 de maio em Lisboa. A proeza deve-se ao aluno Rui Braga da Rocha do 11.º Ano da Turma B. Aqui ficam os parabéns à escola e ao aluno, por o excelente lugar alcançado. 






Jardim de Infância da Obra Kolping

Saiu mais um Boletim de Atividades desenvolvidas pelo Jardim de Infância da Obra Kolping ao longo do 2.º período.

Aproveite a dar uma vista de olhos a algumas das atividades realizadas naquela instituição.




UMA PORTUGUESA EXTRAORDINÁRIA: É cega mas tirou 20 valores na tese de mestrado

Jovem de 26 anos tem apenas 5% de visão num olho e 1% no outro. Ainda assim, tirou 20 valores na tese de mestrado.



Caracterizam-na desde cedo como “a mulher que vai além do impossível”. O Jornal de Notícias foi conhecer Ana Sofia Teixeira, uma jovem de 26 anos cuja ambição faz inveja até aos melhores.

Esta estudante da Universidade de Aveiro é filha de dois primos direitos. Uma incompatibilidade sanguínea fez com que nascesse com tignite pigmentar, mais conhecida como cegueira noturna. Atualmente, tem apenas 5% de visão num olho e 1% no outro.
Mas nem isso a impediu de alcançar o sucesso. Ambiciosa desde tenra idade, ingresso na universidade e recentemente conseguiu tirar 20 valores na tese de mestrado, dedicada ao tema ‘Sofrimento emocional na deficiência visual’.
Foi, inclusivamente, a esforçar a vista nos estudos que perdeu parte da capacidade de ver. Para a ajudar, usava uma ‘lupa TV’, que ampliava os documentos impressos e, mais tarde, no computador.
A tese foi feita ao mesmo tempo que desenvolvia um estágio curricular e outro extracurricular. Mas Ana Sofia não se fica por aqui. Vai continuar na universidade a fazer uma investigação adicional ao trabalho desenvolvido.

Fonte: http://www.noticiasaominuto.com


O DIA DA INTERNET MAIS SEGURA (SAFER INTERNET DAY) 2015

Alguma História:

Comemora-se no dia 10 de Fevereiro de 2015 o Dia da Internet mais Segura, evento organizado pela REDE INSAFE (rede de cooperação dos projectos que promovem a sensibilização para uma utilização mais segura da Internet pelas pessoas) e em Portugal pelo Centro Internet Segura, coordenado pela FCT- Fundação Para a Ciência e Tecnologia e que envolve a Direcção Geral da Educação (DGE), o Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) e a Microsoft Portugal.


Junte-se a nós! Juntos, vamos criar uma Internet melhor!

Navega em Segurança!



História da Educação Especial



A educação de crianças deficientes em Portugal, iniciou-se na segunda metade do século XIX, orientado em duas vertentes: uma assistencial para a qual foram criados asilos, e outra orientada numa vertente educativa, sendo para o efeito criados institutos para cegos e surdos. 
Estas, são pequenas palavras de uma grande HISTÓRIA: A DA EDUCAÇÃO ESPECIAL. É verdade, que um longo caminho já se percorreu. No entanto, muito há ainda a  fazer. Recordar a história é arranjar forças para novos caminhos e novas perspectivas. É este o sentido do vídeo que deixamos.




História da Educação Especial em


A terapia com a família

Neste ano de 2015 completam-se 30 anos de publicação, em Portugal, do primeiro livro de terapia familiar. Foi em 1985 que eu e o José Gameiro publicámos Terapia Familiar, nas Edições Afrontamento. Esta obra está hoje, como é evidente, um pouco desatualizada, mas na altura constituiu um marco na divulgação da terapia familiar sistémica como forma de intervenção em saúde mental. Vários cursos, realizados nos anos seguintes, utilizaram o livro como manual de aprendizagem e muitos formandos elaboraram trabalhos tendo como base as nossas páginas.


Trinta anos depois, a terapia familiar sistémica evoluiu muito. Já não temos a ideia, um pouco romântica, de que uma intervenção bem feita, proposta por um terapeuta experiente, poderia conduzir a uma grande mudança. Nem temos a convicção de outrora, de que certas perturbações psiquiátricas derivavam de comunicações distorcidas nas famílias de origem. Hoje sabemos que as doenças da mente resultam da interação complexa de fatores biológicos, psicológicos e sociais, e que a intervenção deve reunir uma série de procedimentos terapêuticos ajustados a cada caso, de modo a potenciarmos sinergias para podermos ser cada vez mais eficazes.

A terapia familiar sistémica, todavia, continua a ser fundamental em muitas situações. Refiro-me a problemas relacionados com crianças, adolescentes e suas famílias, bem como as questões originadas pelas interações com sistemas sociais como a escola, o grupo juvenil e os tribunais (sobretudo na relação com o divórcio dos pais). Ouvindo a família e interagindo com ela, o terapeuta fica na posse de informações essenciais para a condução da terapia, ao mesmo tempo que mobiliza e ajuda as famílias na sua missão de cuidar.

Quando oiço dizer, na televisão, que faltam camas de internamento para tratar as perturbações psiquiátricas da infância e da adolescência, não posso deixar de concordar. Em vários distritos existe apenas um pedopsiquiatra e muitos psicólogos que se ocupam dos casos, apesar do seu meritório trabalho, necessitariam do apoio de médicos para poder levar a cabo um atendimento correto. Em muitos casos, teria sido importante falar com a família, em vez de propor um internamento, porque todas as organizações familiares, em maior ou menor grau, têm possibilidade de responder às crises e de encontrar alternativas ao seu funcionamento. A minha experiência de 35 anos de trabalho com famílias mostra que, muitas vezes, basta sermos capazes de estruturar uma conversa — em que todos os membros da família podem fazer ouvir a sua voz e escutar a de outro — para que aquele conjunto de pessoas que vive em conjunto passe a ser capaz de conseguir um nível mais tranquilo de comunicação, de onde vão emergir soluções para os seus problemas.

Num caso recente de que tive conhecimento, em que uma adolescente de 16 anos se recusa a frequentar a escola, a intervenção tem consistido em sessões mensais com pai e mãe, conduzidas por dois médicos, enquanto a jovem é seguida individualmente por uma psicóloga. Segundo relato dos pais, as intervenções terapêuticas surgem descoordenadas, sobretudo os progenitores não se sentem ajudados a lidar com a filha. Seria muito mais simples se todos falassem em conjunto, numa sessão de terapia familiar sistémica!

A terapia familiar deveria ser hoje chamada “terapia com a família”, no sentido em que precisamos de a mobilizar e depois ajudar, qualquer que seja a sua configuração atual.


Daniel Sampaio
Fonte: Público - 18 de janeiro 2015

Júlio, O Professor: Um Português Extraordinário

JÚLIO, O PROFESSOR, dedica-se a jovens com deficiência intelectual desde os 17 anos, quando se tornou voluntário. Fez-se professor de música e inventou um bandolim de uma corda só, à medida dos alunos com autismo.

Uma corda sozinha pode dar pouca música, mas trinta bandolins de uma corda só, todos com afinações diferentes, criam uma orquestra cujos concertos emocionam o público. Júlio dos Santos, 52 anos, é o fundador d’O Bando das Cordas, um grupo de trinta jovens com deficiência intelectual e com autismo que tocam aquele bandolim único. «É uma coisa incrível, os trinta a tocar...» A orquestra é composta por trinta pessoas que frequentam três instituições de Vila Nova de Gaia – a Associação Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e Autismo (APPDA), onde Júlio trabalha há 30 anos, e ainda a CerciGaia e a Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM). O Bando das Cordas é um dos frutos mais visíveis do empenho de Júlio pela expressão das crianças e jovens para quem é difícil utilizar a linguagem verbal e mover-se no mundo dito normal. No quotidiano com os seus alunos especiais, o professor tem aprendido que a música provavelmente nasce mesmo com os seres humanos – e está a fazer investigação nesse sentido. «Aquilo que se diz, de a música estar no sangue, pode ser mesmo verdade.» O professor percebeu que os seus alunos conseguiam expressar-se através da música de formas muito mais únicas e completas, só que tinham dificuldade em tocar com tantas cordas e em decifrar a pauta. Então, decidiu criar um bandolim com uma só corda e uma só linha de afinação e inspirou-se num método de escrita de notas por cores para os ensinar. O projeto recebeu uma menção honrosa no Prémio BPI Capacitar 2013, cujo valor monetário permitiu mandar construir trinta bandolins com uma só corda. E há um ano que a banda toca por Portugal fora, com Júlio no comando.

É um português extraordinário, a que a NOTÍCIAS MAGAZINE na sua edição de 11 de janeiro vem dar voz. 



FELIZ ANO DE 2015